Você já ouviu falar nos termos: Decomposição e Desagregação? No blog deste mês vamos te explicar com mais detalhes, como funciona, segurança fiscal, controle de perdas e o melhor tudo, que parte deste processo é automatizado.
A decomposição é o procedimento que transforma um produto em subprodutos. Este processo de subdivisão é mais comum em carnes bovinas e suínas dentro de açougue, sendo que sua separação é realizada em cortes específicos, tamanhos e custos diferenciados e comercializados nos supermercados e mercados.
A desagregação possui um sentido semelhante ao da decomposição, a diferença que a operação é de natureza fiscal, com objetivo de comunicar ao fisco, que o produto composto sofrerá mutações e comercializado ao consumidor final de forma fracionada.
Os dois termos deixa claro o formato do produto composto, que não é comum ser vendido por inteiro, porém deve-se decompor em partes e vendê-las conforme a procura do cliente, como por exemplo, as partes das carnes bovinas e suínas. Obviamente, o consumidor não procura o boi ou porco inteiro no açougue e sim, quilos de determinadas partes do animal.
“Vejam a tabela abaixo algumas partes bovinas que sofrem decomposições e será utilizado na desagregação:”
Produto Composto | Unidade | Decomposição |
---|---|---|
TRASEIRO BOVINO | PEÇA | ALCATRA, PICANHA, MAMINHA, CX MOLE, CX DURO, CONTRA FILÉ E PATINHO |
DIANTEIRO BOVINO | PEÇA | ACÉM, PALETA, PEIXINHO, PONTA DE PEITO, MÚSCULOS, CABEÇA DE LOMBO E COSTELA |
Nesta tabela apresentamos alguns produtos compostos que ocorrem a decomposição. Dentro do sistema de gestão, o usuário deve reclassificar as peças e informar os percentuais correspondentes ao produto composto. A finalidade é auxiliar no controle do estoque, utilização da nota fiscal de saída, de entrada e lançamento das perdas caso venha ocorrer.
Logo será iniciado a parte fiscal, que é a desagregação. Serão quatro operações fiscais, veja cada uma delas conforme o CFOP:
1- CFOP de entrada: A utilização deste CFOP é lançar no software a entrada do produto composto(traseiro e dianteiro) adquirido no frigorífico. Se aquisição for de dentro do estado, utilizasse o CFOP 1102(entrada ou aquisição dentro do estado), caso seja fora do estado será o CFOP 2102(entrada ou aquisição fora do estado).
2- CFOP de saída: Como havíamos falado que o produto composto, não é comum ser vendido por peça inteira, mais por frações. Para isto será utilizado a CFOP de saída para reclassificar o produto decomposto. Neste processo utiliza-se da CFOP 5926(Lançamento efetuado a título de reclassificação de mercadoria decorrente de formação de kit ou de sua desagregação).
3- CFOP de entrada: Logo é necessário realizar a entrada dos produtos reclassificados. A nota a ser emitida refere-se as partes que foram originadas das desossas. O CFOP a ser utilizado é o CFOP 1926 (Lançamento efetuado a título de reclassificação de mercadoria decorrente de formação de kit ou desagregação), tendo como destinatária a própria empresa.
4- CFOP de perda: Neste processo é comum existir as quebras ou perdas no produto composto, por exemplo: pelanca e ossos. Desta forma é importante o controle das perdas para ter um equilíbrio fiscal e estoque físico. Com isto, evita recolher impostos de partes do produto que serão descartadas. A empresa deverá emitir uma nota fiscal da sobra ou da quebra de peso, na quantidade pesada destes itens, o destinatário é o próprio estabelecimento. Para isto utiliza-se o CFOP 5927 (Lançamento efetuado a título de baixa de estoque decorrente de perda, roubo ou deterioração).
“Viu como é importante a reclassificação dos produtos compostos?”
“Uso correto dos CFOPs das entradas e saídas dos produtos, controle das perdas, assertividade no estoque e a conciliação fiscal nas operações.”
Isto é de extrema importância, pois segundo a pesquisa divulgada pela ABRAS, o açougue é um dos setores no varejo que possui 20% ou mais de participação no faturamento, com 2,51% de média nas perdas de seus insumos.
Para que todo este processo seja mais produtivo e ágil, conte com uma solução tecnológica, que gerencie de forma automatizada cada etapa da reclassificação.
Fonte: Derevo