É raro quando varejistas procuram melhorar a competitividade com uma visão estratégica para a área operacional. Normalmente quando se fala de melhoria do resultado, na cabeça das pessoas envolvidas no setor há um link direto com: mais vendas ou com aumento dos preços. Em alguns casos isso faz sentido, mas existem outros caminhos para melhorar o lucro que também devem ser buscados, por exemplo: reduzir os custos com a escala da frente de loja.
A maioria dos varejistas atribuem a competitividade como um desafio exclusivo da área comercial, e isso é errado. Normalmente se deve ao fato de que na quase totalidade dos supermercados o acionista está à frente desta área atribuindo somente a ela as questões estratégicas da empresa. Além disso, também há uma forte tendência dos varejistas de subestimarem o potencial da área operacional em contribuir para que a empresa se torne mais competitiva.
Normalmente, são demandadas horas em negociações com os fornecedores para redução do custo da mercadoria de 2% ou 4% de um pedido, isso é importante? Sim, isso é importante, porém por outro lado o investimento de tempo e a atenção dada para a análise das contas que compõem as despesas operacionais é pequeno, mesmo esta conta representando em média 19% das vendas. Diante deste cenário, reduzir os custos, olhar para a operação, não seria uma grande oportunidade para gerar mais lucro frente aos seus concorrentes?
AS ESCALAS DA SUA LOJA SÃO EFICIENTES?
REDUZINDO CUSTOS OPERACIONAIS…
O laboratório de estudos da R-Dias sabe que mais de 38% das despesas com pessoal estão concentradas na Frente de Loja. E uma tarefa corriqueira, a elaboração das escalas do pessoal de Frente de Loja tem um potencial enorme de redução de despesas! Isso sem prejudicar o nível de serviço, pelo contrário, uma escala automatizada com o uso de algoritmos e implantação de diferentes formatos de contrato de trabalho possibilita ao supermercado oferecer um serviço ainda melhor e com custo menor. Por quantas vezes no horário de menor movimento todos os PDV´s estavam abertos e no horário de pico haviam menos caixas abertos pois coincidia com a troca de turno dos operadores.
E porque isso acontece e é tão comum nas lojas espalhadas por todo o Brasil?
Arrisco a dizer que um dos motivos é que esta atividade nunca ganhou relevância para os acionistas e por isso nunca houve uma análise aprofundada de:
Nível de serviço nos PDV´s X Escala de operadoras X Custo da mão de obra neste setor.
Na prática essa análise é deixada para um segundo plano e “resolvida” pelos métodos mais fáceis e rápidos:
- Contratações extras em momentos de maior movimento
- Demissões em momentos de corte de despesa
Isso resulta na falsa impressão de problema resolvido e elevação das despesas devido ao aumento do quadro além dos gastos com contratação, treinamento e demissões.
INTEGRAÇÕES ENTRE AS ÁREAS
Além disso, a falta integração entre as áreas resulta em uma escala não otimizada que não leva em consideração os planejamentos executados pelas demais áreas. Pois, apesar desta tarefa ser de responsabilidade da equipe de loja se não houver sintonia entre a área comercial que planeja as ações promocionais e a equipe de loja há grande chance de que uma excelente ação negociada na área comercial falhe pois, a área de frente de loja não está preparada para executá-la. Por exemplo: Campanha de Aniversário, quando normalmente temos dias com promoções agressivas e concentração de vendas. Encontramos poucos casos em que o colaborador responsável por elaborar a escala de frente de loja está alinhado com as ações da área comercial, geralmente estas áreas trabalham de maneira independente embora uma dependa da outra para ter sucesso nas suas atividades.
As empresas realizam estudos de previsão de venda e fazem uso deste estudo ou deveriam fazer, para suas decisões de compra e em alguns casos, para elaboração de metas para o seu time. Os benefícios que a divulgação de um bom estudo de previsão de venda pode gerar na elaboração e planejamento das atividades de frente de loja é imenso, porém pouco utilizado.
O que temos realizado em clientes e tem gerado bons resultados e redução de custos na frente de caixa é um estudo com todas as variáveis que devem ser consideradas e suas ponderações apropriadas, exemplo: formato de loja, quantidade de itens, tipos de produtos, tipos de contrato de trabalho entre outras questões. As entregas deste trabalho possibilitam ao varejista redução de despesa e melhora na qualidade do serviço prestado já que teremos um aumento de produtividade dentro da demanda necessária, ou seja, a alocação mais apropriada nos momentos exatos.
Portanto, a área operacional, na visão da R-Dias, pode contribuir muito para que a empresa se torne mais competitiva e rentável. A revisão da escala do pessoal da frente de loja são boas oportunidades para se obter melhores resultados sem prejudicar o nível de serviço prestado ao cliente. Além destes pontos de atenção, a R-Dias disponibilizará ao longo deste mês outros textos em que serão apresentadas outras possibilidades de melhoria da área operacional com o foco na competitividade.
fonte:www.varejoemacao.com.br